POR: Suely Maria Marques de Oliveira
Ser contador (a) é a arte de empreender com o empreendimento de terceiros. É uma verdadeira missão .
Precisamos estar presentes no sonho do outro, no empreendimento, no negócio e na expectativa do resultado. Isto é contabilidade.
Contabilidade não é apenas anotar em qualquer caderno as entradas e saídas, os valores recebíveis independente do negócio. Isto é falta de essência. Quando ouço esta frase: “a contabilidade do tráfico era realizada nas anotações…”, sinto uma tristeza muito grande ao imaginar que passamos anos estudando as normas contábeis do país, utilizando das Normas Internacionais para tornar nossos balanços e demonstrações de resultados, documentos que podem ser avaliados por profissionais do mundo inteiro, numa mesma linguagem. Por esse motivo, considero que uma pequena anotação não possa ser considerada Contabilidade. Isto é desmerecer todos os anos que muitos profissionais passaram em uma escola/faculdade para conseguir mensurar todo o negócio que estamos avaliando, identificando.
Precisamos fazer mudar esta visão no nosso meio. Somos responsáveis por escriturar, mensurar, apontar os melhores caminhos para a gestão dos negócios. Precisamos demonstrar nossa insatisfação com este tipo de comparação. Há anos a contabilidade deixou de ser apenas a escrituração do que entra e sai de um negócio.
Nem mesmo nos primórdios tempo da contabilidade, este tipo de anotação era considerada a “contabilidade de alguma coisa”. Sempre foi preciso além da entrada e saída, indicar o capital do investidor, de terceiros e tantas outras informações que levariam o “dono do negócio” a avaliar os resultados apresentados.
Indiscutivelmente vivemos uma crise financeira no país, mas nós contadores, somos quem está trabalhando junto ao Governo e, por determinação deste, para apresentar todas as informações que o ente governamental necessita para controlar as arrecadações.
Parece que trabalhamos contra nós mesmos! Porque as entidades privadas às vezes nos olham como os responsáveis pelos tributos por eles pagos. Mas, não!. Somos como todo este povo, responsáveis por sumariar, mensurar todas as obrigações empresariais, responsáveis, mesmo que obrigatoriamente, por manter ambos os interessados totalmente informados de seus direitos e obrigações.
Como não amar esta profissão? Ser contador é demonstrar mais uma vez ser capaz de acompanhar o crescimento de uma entidade empresarial. É estar a frente das informações e demonstrar na arte de encerramento de demonstrações contábeis que somos sim responsáveis por indicar o caminho aos gestores das instituições governamentais e privadas.
Colunista Jornal Contábil
Suely Maria Marques de Oliveira
Bacharela em Ciências Contábeis:
•Graduada em Contabilidade pela PUC/MINAS em julho de 2004;
•Técnico em Contabilidade pelo Colégio Brasileiro em dezembro de 1980;
•Especialista em Auditoria pela Fundação Getulio Vargas em abril de 2007
•Responsável, por mais de 26 anos, pela empresa HS Auditoria e Consultoria Contabil Ltda.
•Representante Regional da NASAJON SISTEMAS, empresa desenvolvedora de softwares ligados à área de controladoria empresarial, há 25 anos.
•Presidente da Associação de Contabilistas da Rede Consultores Integrar para o biênio 2016/2017.
Fonte: Rede Jornal Contábil